Wilson Lima cobra atuação da Prefeitura de Manaus no combate à Covid-19
De acordo com governador, Manaus é uma das sete capitais sem hospital municipal; ele afirmou ainda que o Governo formalizou pedido à Fiocruz para que explique argumentos para sustentar 'segunda onda'

O governador do Amazonas, Wilson Lima, cobrou que o prefeito de Manaus, Arthur Neto, assuma as responsabilidades da gestão municipal no combate à Covid-19. Ele afirmou, ainda, que o Estado fez um documento formal para que a Fiocruz explique com base em que critérios 'crava' uma segunda onda da doença no Amazonas.
Para o governador, o município de Manaus está se esquivando de suas tarefas no combate à doença, uma vez que é uma das sete capitais onde não há hospital público municipal. "Se o paciente não tiver essa atenção básica, que é responsabilidade da Prefeitura de Manaus, o Estado já vai receber esse paciente com uma situação agravada", afirmou o governador.
De acordo com ele, o município de Manaus recebeu cerca de R$ 50 milhões de verbas federais para o combate à pandemia e, ainda assim, presta serviço ineficiente. "Das 90 UBS (unidades básicas de saúde), apenas 18 foram colocadas para os casos de Covid. E só de segunda a sexta! Se for sábado, domingo e feriado, esquece", criticou.
Wilson Lima afirmou que não permitiria insinuações de que o governo esconde os dados reais do alcance da doença no Estado, como afirmado por Arthur Neto e por parlamentares de oposição. "Isso desrespeita e ignora o trabalho dos profissionais de Saúde não só do Estado, mas das prefeituras municipais, que passam os dados que nós fornecemos", afirmou ele, defendendo que o Amazonas é um dos Estados com maior transparência sobre os dados.
No posicionamento, feito após reunião do comitê de enfrentamento à Covid-19, o governador também afirmou que encaminhou documento à Fiocruz para que a instituição mostre os números que fazem a instituição sustentar a existência de uma segunda onda da Covid-19 no Estado. Para o governador, a despeito do aumento de casos, as afirmações sobre a existência de uma segunda onda são provenientes de "má-fé ou por ignorância mesmo".