Saiba em que ponto estão as pesquisas das principais vacinas contra a Covid-19
Pelo menos quatro vacinas estão em fases adiantadas de testes no País

Com o surgimento da COVID-19, cientistas do mundo inteiro entraram em uma corrida contra o relógio para a produção da vacina capaz de controlar o avanço do vírus, o que acelera as pesquisas, o Brasil tem sediado alguns desses testes com milhares de participantes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 212 pesquisas em desenvolvimento, com 48 delas sendo testadas em humanos e 11 em estudos de fase 3. Quatro delas estão sendo testadas no Brasil: Sinovac/CoronaVac, Oxford/AstraZeneca, Janssen/Johnson & Johnson e BioNTech/Pfizer.
Farmacêuticas de todo o mundo já estão começando a divulgar seus estudos de fase 3 de vacinas candidatas contra a Covid-19.
Amazonas
Perguntada sobre quando a vacina chegaria ao Estado do Amazonas, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que ainda não há previsão da chegada do estoque da vacina, que está seguindo o Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde (MS), e que seguirá o posicionamento do Governo Federal quanto à essa questão.
Em coletiva de imprensa na última quinta-feira (19) o governador Wilson Lima informou que o Amazonas não realizará compras de vacinas da Covid-19 de forma independente. Que a imunização no estado acontecerá a partir do programa nacional.
Vacinas que estão sendo Testadas no Brasil:
CoronaVac/SinoVac
O estudo da fase 3 da CoronaVac, vacina produzida por laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes.
A nova etapa permite a abertura do estudo e a análise interina dos resultados do imunizante. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23).
Para que a análise interina da CoronaVac fosse feita, era necessário que pelo menos 61 casos de Covid-19 ocorressem entre os 13 mil voluntários, sejam eles membros do grupo que tomou vacina ou do chamado grupo de controle. Ao todo, foram 74 infectados.
O grupo de infectados permite realizar a chamada análise interina, a primeira análise da eficácia da vacina. Caso ainda persista alguma dúvida, o estudo deve ter ainda uma segunda análise, chamada de análise primária, que é feita quando o número de casos confirmados de Covid-19 entre os 13 mil voluntários chegar a 154 casos.
Oxford/AstraZeneca
A vacina contra o coronavírus Sars-Cov-2 produzida por uma parceria entre a Universidade de Oxford (Reino Unido) e a farmacêutica AstraZeneca apresenta eficácia de até 90%, anunciou o laboratório nesta segunda-feira, 23, com base em resultados preliminares de testes de fase 3.
Foram realizados dois estudos usando dosagens diferentes. Alcançou-se eficácia de 90% ao se aplicar meia dose da vacina seguida de uma dose inteira. Quando foram aplicadas duas doses inteiras, a eficácia foi de apenas 62%. No agregado dos dados dos dois estudos, a eficácia média da vacina foi de 70,4%.
Janssen/Johnson & Johnson
No inicio do mês de Novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a retomada dos testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório Janssen-Cilag, divisão farmacêutica da Johnson & Johnson.
No dia 12 de outubro, o laboratório suspendeu os testes após um "evento adverso grave" com um voluntário dos Estados Unidos. Segundo a Anvisa, os estudos clínicos com a vacina, chamada de Ad26COVS2.S, já podem ser retomados. A decisão "garante segurança aos voluntários brasileiros que queiram participar do experimento".
BioNTech/Pfizer
A aliança entre o grupo farmacêutico americano Pfizer e a empresa alemã BioNTech apresentaram na última sexta-feira (20) à agência americana reguladora do setor de remédios e alimentos (FDA) um pedido de autorização para a comercialização de sua vacina contra a covid-19, tornando-se o primeiro fabricante a dar esse passo nos EUA.
O anúncio era esperado há vários dias, após a publicação dos resultados do ensaio clínico em andamento desde julho com 44.000 voluntários em vários países e segundo o qual a vacina seria 95% eficaz na prevenção de covid-19 sem efeitos colaterais graves.